“Uma grande conquista da comunidade surda que deve sempre ser celebrada” essa é uma das frases do panfleto elaborado em Humaitá para comemorar os 20 anos do reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais – Libras como língua natural. Um encontro na Praça da Matriz, no centro Histórico de Humaitá lembrou a data e os desafios enfrentados diariamente para promover a inclusão.
Coordenadores, supervisores, professores e interpretes da Educação Especial e alunos surdos celebraram as duas décadas, lembrando que já há avanços, porém é necessário avançar ainda mais. Estima-se que em Humaitá haja em torno de 60 pessoas surdas, e destas 10 estão em idade escolar.
A Rede Municipal têm quatro alunos surdos matriculados, outros quatro estão na Rede Estadual. Um aluno surdo está no IFAM e outra no CETAM. O município possui salas de recursos em 12 das 14 escolas na Zona Urbana, e o Estado das nove escolas em Humaitá apresenta sala de recursos em duas.
A luta dos profissionais na rede pública municipal e estadual também é a dos pais que observam o crescimento através da interação. Larisse da Conceição Silva Barros, mãe da Ana Lara Barros de Souza (9 anos) precisou acionar a justiça para a contratação de um interprete na escola da filha, e já comemora os resultados.
A coordenadora da Educação Especial no município de Humaitá, Elaine do Couto, adiantou que em breve a cidade terá um Polo de Apoio em Libras, um centro de estudos para surdos. Janete Silvana Hentges de Oliveira, supervisora da Educação Especial do Estado, acredita que é possível evoluir muito mais. O Estado trabalha com duas salas de recursos e três profissionais. “Todo este trabalho no município só foi fortalecido nos últimos anos, então vamos atingir todas as escolas em breve”, disse Janete.
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