O sul do Amazonas é lindo e surpreende por suas belezas naturais, e ainda mais por suas potencialidades econômicas, muitas vezes travadas pela burocracia. Estes assuntos foram tratados em entrevista com Jorge Miguel ‘O Parceirão’. O empresário e pecuarista, morador da região há 18 anos, tem percorrido os municípios e conversado com lideranças, comerciantes, pecuaristas e empreendedores.
Na semana passada Jorge Miguel ‘O Parceirão’ esteve nos Distritos de Santo Antônio do Matupí (Manicoré), Distrito de Mata-Matá, município de Apuí e no Distrito de Sucunduri, já próximo da divisa com o Pará. As reivindicações ecoam em todas as partes, faltam políticas públicas de incentivo ao turismo, tecnologia no campo (para aumentar a produção do gado de corte e leite), e infraestrutura para escoar as produções.
As histórias mudam de endereço, mas tem um mesmo enredo. “Nem as políticas públicas e nem os políticos passam por aqui”, afirmam os moradores. O Parcerião conversou com quem produz e faz a roda da economia acontecer no sul do Amazonas. Pessoas como Rone Bottega, do grupo Los pampas, Eduardo Gervásio da Fazenda Rio Branco, Rosa do setor madeireiro entre outros em Matupi.
Também no Apui a conversa foi boa com seu Zé Barbudo, Neri, Lica, Guri, Gelsinho, seu Antônio e entre outras lideranças apuienses. Sucunduri Jorge Miguel disse que visitou algumas famílias que já conhece a um bom tempo que hoje residem naquele distrito.
Jorge Miguel também aproveitou para visitar alguns cartões postais como cachoeiras, balneários e rios que ficam no município de Apuí. “O Apuí tem um grande potencial para o turismo. É necessário explorar estas características, preparar entes públicos e comunidade para receber o turista”, afirmou Jorge Miguel.
Defensor do agronegócio, o Parceirão visitou fazendas na região e conheceu de perto a produção do gado de corte e leite.
Jorge Miguel ainda relatou que no Distrito de Sucunduri tem uma jazida de calcário ainda não explorada. “Precisamos de parlamentares com visão desenvolvimentista. Vamos quebrar entraves burocráticos e aproveitar melhor nossas riquezas naturais. Tudo é equilíbrio”, argumentou Jorge Miguel.
“Temos que projetar o Amazonas para futuro e para futuro ser prospero temos muito a fazer, nosso povo tem que ter qualidade de vida, o foco até agora foi só a Zona Franca de Manaus, sei que importante para o povo manauara, mas temos 61 municípios e centenas de comunidades e distritos que clamam por dias melhores e oportunidades de trabalho”, relata Jorge.
O Parceirão continua “Para isto acontecer nos municípios do interior temos que impulsionar o setor primário, extrativismo mineral, florestal, agricultura familiar, agricultura em maior escala, agropecuária de corte e leite, a piscicultura e tantos outros segmentos. Olhar para o que cada município pode fazer”.
“Isso é um processo que precisamos entender, e fazer as escolhas certas quando chegar a hora”, continua Jorge Miguel ao falar da infraestrutura, logística de qualidade e dos desafios para melhoras a malha viária.
“Temos o exemplo da BR 319 que é um dos maiores tabus de infraestrutura do estado. Mas o problema vai muito além da 319, tem a AM 174 que precisa ser recuperada com urgência para o escoamento de bovinos do município de Apuí. Ela é vital para os municípios de Apuí e Novo Aripuanã.
Temos o ramal que liga Manicoré a 319 é uma vergonha. A cidade de Manicoré está isolada. Precisamos de uma boa manutenção da BR 230 da cidade de Lábrea, passando por Humaitá, Matupí, Apuí, Sucunduri até a divisa do Pará. Então isto tudo faz parte de um estudo desenvolvido onde o Amazonas está superatrasado infelizmente”, concluiu o Parceirão. “Deixo meus agradecimentos a todos amigos parceiros que estão também em busca do melhor para o nosso Amazonas”.
A entrevista a seguir faz parte do projeto de Patrick Costa que vai lançar o podcast Humaitá em Debate. Veja.
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