O Papa Francisco anunciou neste domingo, 29, que nomeará 21 novos cardeais, incluindo um baseado na Mongólia, e colocou novamente suas impressões digitais no futuro da Igreja Católica Romana ao levar mais clérigos de países em desenvolvimento para o primeiro escalão da instituição.
Dezesseis dos 21 serão cardeais eleitores com menos de 80 anos e elegíveis para entrar em um conclave que escolherá o sucessor de Francisco após sua morte ou renúncia. Onze dos clérigos eleitores são de países fora da Europa ou da América do Norte.
Os cardeais ficam atrás apenas do papa na hierarquia da Igreja e atuam como seus conselheiros mais próximos no Vaticano e em todo o mundo. Devido ao seu poder e influência histórica, eles ainda são chamados de Príncipes da Igreja, embora Francisco lhes tenha dito para não viver como realeza e permanecer perto dos pobres.
Uma nomeação significativa entre os países mais desenvolvidos foi a do bispo Robert McElroy de San Diego, Califórnia, visto como um progressista. Ao dar a San Diego seu primeiro cardeal, Francisco ignorou os arcebispos conservadores das cidades maiores de São Francisco e Los Angeles.
O anunciou deste domingo também contemplou o Brasil com mais dois cardeais, incluindo um do Amazonas. Tratam-se dos arcebispos Paulo Cezar Costa, de Brasília e Leonardo Ulrich Steiner, de Manaus. Com os novos arcebispos, o Brasil terá 9 integrantes no colégio cardinalício, com 6 eleitores.
Fonte: Agência Brasil, adição Fábio de Souza