A docente Érica Tomioka está entre os três representantes brasileiros que participarão de reuniões diplomáticas no Japão
A professora Érica Tomioka, da Escola Estadual de Tempo Integral (Eeti) Bilíngue Professor Djalma da Cunha Batista, localizada no bairro Japiim, zona sul de Manaus, foi a única do Amazonas e uma das três pessoas selecionadas de todo o Brasil, para representar a comunidade Nikkei no Japão, que tem como finalidade manter a cultura do Japão viva no Brasil.
Nikkei é uma denominação voltada para descendentes de japoneses nascidos fora do país, ou para japoneses que não vivem no Japão.
Além da professora Érica, o vereador de São Paulo, Rodrigo Goulart, e o empresário Leonardo Massuda, da cidade de Goiânia, também foram selecionados para passar uma semana no Japão, no período de 13 a 22 de outubro, onde apresentarão as atividades diferenciadas desenvolvidas no Brasil.
Durante a visita, serão realizadas diversas reuniões diplomáticas com representantes do governo japonês. Uma das temáticas é apresentar os desafios do ensino da língua japonesa no estado do Amazonas.
A professora, Érica Tomioka, ressaltou que deve mostrar como funciona o ensino da língua no estado, além de mobilizar os representantes japoneses no intuito de conseguir mais apoio para a formação dos professores nativos, por meio de cursos, treinamentos para os profissionais que já trabalham na rede, entre outros.
Érica também falou como se sente honrada em poder representar o Eeti e o Amazonas no cenário internacional.
O Eeti Djalma Batista
Fundada em 1980, a Escola Estadual de Tempo Integral (Eeti) Djalma Batista passou a atuar como umas das escolas de tempo integral da Secretaria de Educação e Desporto Escolar, desde 2006. E, em 2016, sob a direção do professor Orlando Moura, a Eeti se tornou a primeira pública bilíngue Português-Japonês do Brasil.
Presente na primeira turma de Letras em Língua Japonesa, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e a única formada da rede estadual na época, a professora Érica recebeu a oportunidade de ingressar como coordenadora do ensino bilíngue na unidade escolar.
Ela contou que tem uma imensa gratidão ao professor Orlando, que lutava contra o câncer e faleceu no último dia 30 setembro, e que pretende fazer uma grande homenagem a ele enquanto estiver no Japão.
“Eu esperava poder mostrar fotos dessa viagem pessoalmente ao professor Orlando Moura, que é um dos causadores por eu ter tido este convite. Ele foi um dos pesquisadores e escritores da proposta bilíngue no nosso estado”, explicou a professora.
Fonte – Secom/AM
FOTOS: Eduardo Cavalcante/ Seduc