A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Polícia do Interior (DPI), apresentou, nesta quarta-feira, 11, a prisão de um ‘professor’ de jiu-jítsu, de 25 anos, por estupro de vulnerável e importunação sexual contra seis alunos, de idades entre 5 e 11 anos. A prisão foi efetuada pela Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Humaitá.
O caso causou repercussão no meio esportivo. O rapaz não presta serviços em nenhuma academia de Humaitá, e não possui certificado, segundo representantes do segmento, que o credenciem para ministrar aulas nesta modalidade. Nas suas redes sociais o jovem preso na segunda-feira, 9, tem 18 publicações, 48 seguidores, e suas postagem falam de artes marciais com destaque para o taekwondo. Por telefone a Delegada Drª. Wagna Costa, responsável pelas investigações confirmou que as mães em seus depoimentos afirmaram que pagavam aulas de jiu-jítsu ao rapaz.
ENTENDA A PRISÃO E O CASO
O delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, ressaltou que a instituição tem uma campanha rigorosa contra esse tipo de crime no âmbito esportivo do Amazonas.

“Como parte dessa iniciativa, foi lançado um código de conduta adotado por todas as federações de jiu-jítsu, luta livre e judô e que pode ser acessado no site da Polícia Civil. No documento os pais e responsáveis podem saber quais são as condutas que o professor pode ter ou não com relação ao aluno”, reforçou o delegado.

O delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), destacou que a prisão é fruto de uma investigação coordenada pela delegada Wagna Costa, titular da DEP de Humaitá, e disse que a divulgação é importante para que outras vítimas possam procurar a delegacia e fazer denúncias para que ele seja responsabilizado na totalidade dos seus crimes.
“Um fato importante é que a postura do professor foi detectada por uma mãe quando ela conversou com os seus filhos sobre os sinais de abuso sexual. Na ocasião, os irmãos se entreolharam de uma forma estranha e a genitora percebeu e a profundou a conversa, sendo possível descobrir sobre as práticas do professor”, contou o delegado.
O delegado reforçou que é importante que os pais conversem frequentemente com os seus filhos, os ensinem sobre os limites que um adulto deve ter com uma criança ou com um adolescente, e expliquem a eles sobre os sinais de violência sexual.
Crime
De acordo com a delegada Wagna Costa, titular da DEP de Humaitá, as investigações iniciaram em janeiro deste ano, quando as mães das vítimas compareceram à delegacia para denunciar o crime.
“Segundo elas, os filhos relataram que o professor de jiu-jítsu estava cometendo abusos sexuais no horário em que se reuniam para os treinos na academia de jiu-jítsu, que fica localizada na residência do autor. O homem costumava levar as vítimas para dormir na sua casa também”, disse a delegada.
Conforme a delegada, as vítimas são do sexo masculino e, inicialmente, foram ouvidas três delas.
“Em escuta especializada, os meninos afirmaram que o professor praticava atos libidinosos e pedia que não contassem para ninguém. Além disso, eles apontaram mais duas crianças que também teriam sofrido abusos por parte do autor”, falou a delegada.
Ainda segundo a delegada, diante da gravidade dos fatos, foi representada pela prisão preventiva do indivíduo. Ele foi localizado e preso na segunda-feira, 9, no Centro de Humaitá.
Procedimentos
O homem responderá por estupro de vulnerável e importunação sexual e ficará à disposição do Poder Judiciário.
Com informações da Polícia Civil, adição ao texto original: Fábio de Souza
