A Semig – Secretaria de Estado da Mineração, Energia e Gás do Amazonas realizou nos últimos cinco dias em Humaitá o levantamento sócio/econômico com os garimpeiros. Dois encontros foram realizados no Distrito de Auxiliadora e na Comunidade Centenário. “Ouvimos 231 pessoas que representam mais de mil famílias de garimpeiros. Visitamos as balsas do extrativismo mineral artesanal e conhecemos a realidade do trabalho ao longo do Rio Madeira”, afirmou o Secretário Executivo da Semig, Oziel Mineiro.
Oziel Mineiro e a equipe de técnicos formada por dois geólogos, engenheiro civil e equipe de assessoria percorreram nos últimos cinco dias do Distrito de Auxiliadora até a fronteira com Rondônia o Rio Madeira. A pesquisa vinha sendo planejada na Semig ao longo dos últimos oito meses. O Secretário participou nesta terça-feira, 28, da sessão na Câmara de Vereadores, e apresentou um relatório parcial dos apontamentos realizados na região de Humaitá.
Foram entrevistados mais de 231 mineradores, segundo os números apresentados no plenário da Câmara. “Esse número representa um universo de mais de 1.147 famílias que dependem do extrativismo mineral para sobreviver”, disse Oziel. Deste total 90 % não são associados a qualquer tipo de cooperativa ou associações; 81,8% dos entrevistados não possui outra fonte de renda a não ser a mineração artesanal; 56% tem a própria balsa, os demais prestadores de serviços.
O Secretário Executivo da Semig informou aos vereadores que a intenção do Governo do Estado era iniciar os trabalhos por Humaitá. “A equipe foi surpreendida pela ação da Polícia Federal. Inclusive nossa embarcação foi monitorada a partir do momento que entramos na Calha do Madeira”, disse Oziel Mineiro.
A Semig iniciou o levantamento em Manicoré, finalizou em Humaitá e segue para Novo Aripunã, Borba e Nova Olinda onde continuam o levantamento Sócio econômico nas comunidades ribeirinhas. O presidente da Câmara, Manuel Domingos acompanhou o início dos trabalhos. A Câmara de Humaitá deu suporte a equipe do governo do Estado durante os trabalhos realizados em Humaitá.
O tema foi discutido pelos vereadores que pediram principalmente celeridade ao trabalho. Dr. Jorge André falou da dependência econômica de Humaitá com o setor extrativista. “É necessário trabalhar na regulação da atividade e apontamentos para alternativas junto ao Governo Federal”, disse o líder da prefeitura na Câmara. Dr. Ubiratã pediu uma ação mais eficaz do Governo do estado, inclusive com a utilização de recursos do Fundo Amazônico como alternativa para os mineradores artesanais.
Na reportagem abaixo a entrevista com o secretário executivo da Secretaria de Estado da Mineração, Energia e Gás que fala do trabalho realizado, e como os dados levantados em Humaitá serão utilizados. Assista