O presidente Lula da Silva anuncia hoje, 10, em Manaus o investimento de R$ 500 milhões para dragagem no Amazonas. A medida é para garantir a navegabilidade segura e o escoamento de insumos, para reduzir efeitos da forte estiagem que atinge a região.
Dessa forma, ele participa na tarde desta terça-feira de cerimônia de anúncio de medidas de combate à seca na Amazônia. O evento será na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), com a presença de prefeitos da região.
Dos 62 municípios amazonenses, 61 tiveram reconhecimento federal da situação de emergência em função da estiagem. A medida permite a liberação rápida de recursos e apoio. No início do dia, o presidente fará visitas a comunidade em Manaquiri (AM) e em Tefé (AM).
Como resultado, o anúncio trata dos editais para quatro obras de dragagens de manutenção nos rios Amazonas e Solimões. As obras integram as ações federais em resposta à pior seca enfrentada pela Amazônia em 45 anos.
Segundo o governo federal, serão quatro trechos de dragagem de manutenção e sinalização náutica no Amazonas. Os trechos contemplados incluem: Manaus – Itacoatiara e Coari – Codajás, além de trechos em Benjamin Constant – Tabatinga e Benjamin Constant – São Paulo de Olivença.
A atual temporada de incêndios, agravada pelas mudanças climáticas, ocorre em um cenário de uma das piores estiagens na Amazônia desde meados de 2023. A região enfrenta condições climáticas extremas, que aumentam a probabilidade e intensidade dos incêndios.
Já são 330 mil pessoas impactadas pela situação de emergência nos municípios da Amazônia Legal afetados. Durante o período de seca, é possível observar a formação de praias e o surgimento de pedrais.
Por isso, há a necessidade de dragagens para remoção de sedimentos acumulados dentro do canal de navegação e restabelecer a profundidade mínima de segurança da navegação, conforme estabelecido pela Marinha do Brasil.
A dragagem é feita em pontos específicos, chamados de passos críticos — locais onde o sedimento se acumulou, e não em todo o leito do rio.
Em respeito ao licenciamento ambiental, o sedimento removido é depositado em outro ponto do rio, fora do canal de navegação.
A instalação da sinalização náutica, também prevista no contrato, é outra ação que visa a segurança e a orientação de navegantes a respeito do canal que deve ser seguido e dos perigos que devem ser evitados.
Fonte – BNC Amazonas
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