O publicitário Washington Olivetto morreu, na tarde deste domingo, aos 73 anos. Ele estava internado no Hospital Copa Star, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A assessoria de imprensa da unidade lamentou a morte, mas informou que não teve autorização da família para divulgar mais detalhes.
Conhecido como um gênio da publicidade, Olivetto conquistou mais de 50 prêmios no festival de publicidade Cannes Lions. Entre suas peças de publicidade mais famosas estão a campanha meu primeiro sutiã, para a Valisère, em 1987, e a personagem Garoto Bombril, que ficou no ar de 1978 a 2004.
Ele foi um dos fundadores da agência de publicidade W/Brasil, que ganhou fama pela música homônima de Jorge Ben Jor. Olivetto também foi citado na música Engenho de Dentro, do mesmo artista.
Pesar
O falecimento de Olivetto repercutiu no meio político. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma nota de pesar, classificando o publicitário como “talvez o mais célebre nome da nossa propaganda”. A nota, que faz um breve perfil de Olivetto, também lembrou da sua influência no movimento “Democracia Corinthiana”, surgido entre jogadores do Corinthians nos últimos anos da ditadura militar, como Casagrande e Sócrates.
“Sua participação em empresas foi tão famosa que virou até música, a “W/Brasil” de Jorge Ben Jor. Também foi colunista, escrevendo artigos na imprensa brasileira por anos. Washington Olivetto foi ainda vice-presidente do Corinthians, ajudando a fundar a Democracia Corinthiana ao lado de grandes nomes como Sócrates e Casagrande, durante a ditadura militar. Meus sentimentos à família, amigos, colegas de profissão e admiradores”, afirma a nota assinada pelo presidente.
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, também divulgou nota de pesar. Prestou suas condolências aos familiares e amigos de Olivetto e também exaltou suas qualidades profissionais.
“O publicitário se tornou um dos maiores ícones na profissão em razão de sua carreira construída com brilhantismo, premiada no Brasil e no exterior. A genialidade de Olivetto, impregnada na criação de suas peças, deixou marcas indeléveis no imaginário de gerações de brasileiros”.
Fonte – Agência Brasil