Além do cumprimento dos mandados, ocorridos majoritariamente em Guajará-Mirim/RO, a Justiça determinou o sequestro específico de 25 (vinte e cinco) veículos, avaliados em quase 1,2 milhão de reais. Ainda, foi determinado o sequestro de 4 imóveis e o bloqueio de mais
de R$ 330 milhões das contas dos investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 14 (catorze) empresas utilizadas pela Organização Criminosa para a movimentação de valores ilícitos.
A Organização Criminosa investigada era composta por 3 núcleos bastante atuantes: Um núcleo cuidava da logística do tráfico – compra, transporte e distribuição, cabendo aos 2 núcleos restantes toda a movimentação financeira, que se dava por meio de ocultação patrimonial, laranjas e empresas de fachada.
A investigação foi realizada em parceria com a Receita Federal do Brasil, o que possibilitou que os policiais tivessem um leque ainda maior de ferramentas e informações para usarem como elementos de provas dos crimes apontados. Por meio dessa parceria, a investigação apontou que a ORCRIM teve uma movimentação financeira global de aproximadamente 1,3 BILHÃO DE REAIS. Além disso, análises fiscais indicam que, apenas entre créditos e débitos de contas cujos investigados eram titulares, chega-se à monta de aproximadamente 700 MILHÕES DE REAIS.
“Num primeiro momento, o crime de lavagem de capitais pode parecer de menor gravidade. Porém, não é o que efetivamente ocorre na prática: sem a lavagem, a engrenagem criminosa para o tráfico não consegue movimentar, ocultar e auferir os lucros que tanto buscam. Não é difícil concluir que a lavagem de capitais alimenta de certa forma o tráfico de drogas”, destaca o Delegado de Polícia Federal, Lucas Montenegro.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual de Rondônia e foram cumpridos por aproximadamente 140 policiais. Desse total, mais de 100 apenas em Guajará-Mirim/RO. As penas para os crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais, somadas, podem chegar a mais de 43 anos de reclusão.
O nome da operação “Canto da Serpente” alude à busca por dinheiro fácil ao custo do bem estar social e do abuso de famílias desestruturadas, fazendo referência à passagem bíblica em que Adão e Eva são seduzidos pela serpente a consumirem o fruto proibido.
Fonte: Assessoria de Comunicação da PF de Rondônia