Os manifestantes pró Bolsonaro que estavam acampados em frente ao 54º BIS – Batalhão de Infantaria de Selva, em Humaitá deixaram o local no sábado, 31. O movimento de resistência pediu explicações sobre o resultado das eleições de 30 de outubro, informações sobre coleta, contabilidade e confiabilidade do processo digital. Os primeiros atos de ocupação dos quarteis aconteceram logo após a divulgação dos resultados do segundo turno das eleições, e uma série de bloqueios em rodovias.
Na região de Humaitá, primeiro houve o bloqueio das rodovias federais, BRs 319 e 230, e, no dia 2 de outubro as primeiras pessoas do movimento acamparam às margens da BR 230, em frente ao 54º BIS. Foram quase 60 dias de concentração e vigília com representantes do Apuí, Lábrea, Humaitá e Distritos de Santo Antônio do Matupí, Sucundurí, Realidade.
O movimento se organizou com barracas, cozinhas, banheiros químicos e atos cívicos em diversos momentos do dia. No dia 20 de novembro houve um novo fechamento da BR, e duas pessoas de Humaitá estão com restrições nas carteiras de habilitação e nos veículos. “Procuramos na justiça rever esta situação, um dos carros nem estava em Humaitá nesta data”, relata um dos manifestantes.
A concentração em frente ao 54º BIS começou a perder força à medida que a Justiça eleitoral ia confirmando o resultado das eleições de 30 de outubro. No dia 12 de dezembro com a diplomação, e culminou com a posse no dia primeiro de janeiro de 2023. Em Porto Velho, ainda há registros de pessoas em frente a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, mas os sinais são os mesmos registrados em Humaitá. Quem sai não volta, e aos poucos o movimento se vê enfraquecido.