O Ministério Público Federal já foi acionado para investigar a comercialização irregular de terrenos na Comunidade de Água Azul. A Comunidade pertence ao município de Canutama, e está localizada no km 23 da BR 319, próximo à Porto Velho. Os moradores apontam para Marcos Alexandre Machado como autor das vendas e incentivar do comércio ilegal de terrenos.
As terras pertencem à União e foram disponibilizadas pelo INCRA em 2015 para Reforma Agrária. A morosidade no processo criou a oportunidade da ação de venda de terrenos.
Pelo menos 40 famílias moram na região atualmente aguardando pela legalização. “Já foram mais famílias, todos estão se mudando com medo”, relata um dos moradores. “Estamos assustados aparece todo tipo de gente. Ninguém quer trabalhar na terra, todos querem o terreno para vender”, afirmam os moradores.
Desde 19 de janeiro deste ano a situação ficou mais grave com ameaças da chegada de até 200 famílias à região, vindas principalmente de Rondônia. São compradores dos terrenos que querem promover a exploração imobiliária. Servidores públicos, aposentados e profissionais liberais tem adquirido terrenos na comunidade de Água Azul. “Tem gente que pagou R$ 60 mil no terreno e cinco meses depois está querendo R$ 140 mil”, contam os moradores.
O MPF está aguardando o período de transição no comando do Incra. O atual superintendente saiu e ainda não foi nomeado o novo comando da entidade. Os moradores também reclamam da ausência das autoridades locais. “Ninguém tem feito nada para resolver o problema”, indica um dos moradores.
As terras que estão no foco desta disputa são da União, e de acordo com projetos devem receber infraestrutura. “Um colégio, uma praça, um Distrito Industrial da Comunidade e a E.T.E – Estação de Tratamento e Esgoto, tudo deve ser construído aqui”, informam os moradores.
A Comunidade está pedindo socorro aos deputados estaduais do Amazonas e autoridades policiais para garantir a segurança na área. O assunto deve ser levado a plenário na Assembleia Legislativa do Amazonas nesta terça-feira, 14.